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Sobre a ferramenta:

A ferramenta Espinha de Peixe foi criada com intuito de analisar as causas dos problemas através do Método 6M’s – Método, Máquina, Matéria prima, Mão-de-obra, Meio ambiente e Medição - A partir desse modelo buscamos identificar a causa raiz do problema analisado.

Com essa ferramenta é possível avaliar os efeitos dos problemas e concluir quais são os motivos que originam o problema conhecido e, assim, elaborar meios para agir, efetivamente, sobre eles. Essa ferramenta é bastante utilizada na análise de problemas. Ela também recebe o nome de Diagrama de Ishiwaka em homenagem ao seu criador: Kaoru Ishikawa, que foi grande nome em gestão da qualidade, isto é, um dos expoentes da qualidade. Em algumas literaturas ela também é denominada Diagrama de Causa-Efeito.

O formato da ferramenta lembra uma espinha de peixe. Trata-se de uma analogia, onde a cabeça do peixe representa o problema que está sendo analisado. A esse chamaremos de: “efeito conhecido”. As espinhas dorsais são formadas pelo método 6Ms e as menores representam as causas primárias provenientes do método 6Ms.

Não obstante, existem vários modelos que podem servir de base para elaboração do diagrama, mas, como dito anteriormente, o modelo mais tradicional agrega as causas primárias em 6 grupos, a saber: (M1) Método; (M2) Máquina; (M3) Matéria-prima; (M4) Mão-de-obra; (M5) Medida; e (M6) Meio ambiente.

Essas áreas do método 6Ms são analisadas para se chegar à causa-raiz do problema em questão, pois, a partir delas vamos elencando as possíveis causas que podem originar o problema analisado. Observe que nem sempre este o problema é identificado no início. Quando temos um problema, geralmente, percebemos antes de qualquer coisa os efeitos que esse problema produz, portanto necessitamos de uma ferramenta visual como essa para facilitar no diagnóstico.

A etapa final é a criação de um plano de ação que contemple as principais medidas para sanar a causa raiz do problema, ora, identificada. Isso é importante para evitar retrabalhos que são gerados pela resolução dos efeitos superficiais do problema em questão.

Antes de prosseguirmos com o exemplo, faz-se necessário reforçar a diferença conceitual entre causa e efeito. Vejamos: Causa, segundo o dicionário, é aquilo que faz com que algo exista ou aconteça. Origem, motivo, razão. O Efeito, por sua vez, é aquilo que é produzido por uma causa. Consequência, Resultado.

Agora, vejamos um exemplo prático:

Vamos imaginar que você identifique um determinado problema na impressão. Sua impressora está funcional, no entanto as folhas estão saindo manchadas, logo esse é o efeito percebido. A causa, por sua vez, ainda não foi identificada.

Partindo da observação geral você poderia propor algumas hipóteses: Será que foi tinta que acabou? Existe algum impedimento físico no processo de impressão? Ou seria algum erro lógico ou mecânico na impressora?

Observe que questionar o problema já é um bom começo. No entanto, você precisa de um modelo mais completo que forneça uma ideia pontual sobre as principais causas que levaram sua impressora apresentar esse problema. Certo?

Então, você utiliza o Diagrama e descobre seis possíveis causas: M1 (Método) – A forma de operar a máquina não é a mais adequada; M2 (Máquina) – A impressora é uma máquina muito antiga. M3 (Matéria-prima) – O cartucho de tinta da impressora não é de uma marca autorizada; M4 (Mão-de-obra) – Não há manutenção preventiva na impressora; M5 (Medida) - Não existe periodicidade nem controle de manutenção e M6 (Meio ambiente) – A máquina está superaquecendo por causa do ambiente que não está climatizado.

Observe que uma dessas causas, mais especificamente, a M3 (Matéria-prima), apresenta uma relação mais forte com o efeito apresentado, ou seja, as folhas estão saindo manchadas porque a tinta utilizada não é adequada para máquina.

Em um primeiro momento, você poderia julgar com base no efeito que sua máquina por ela ser bem antiga precisaria ser substituída. Esse é o lugar comum, mas o fato de analisar todas as possíveis causas ajuda a tomar decisões melhores com base em custo-benefício. Talvez consertar seja melhor do que substituir. Nesse caso, melhorar os insumos é a solução mais acertada.

Você conseguiu observar como esse método é essencialmente prático? Pois bem, isso fica ainda mais evidente quando é visualizado através do Diagrama: “espinha de peixe”. No Diagrama as espinhas são as possíveis causas do problema. É importante saber elencá-las de modo a produzir uma lista.

Então, para cada M do Método 6M’s, você terá que analisar um conjunto de causas e decidir qual é a causa raiz do problema, ou seja, após essa análise você identificará aquela causa que concentra maior probabilidade de provocar o problema no processo.

Para tanto, faz-se necessário priorizar as causas com base na importância que cada uma representa na explicação do motivo ou origem do problema, depois elaborar as contramedidas para resolver, efetivamente, esses motivos e assim resolver o problema.