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O Quociente de Yule tem a finalidade de proporcionar um jeito fácil de analisar quaisquer variáveis dicotômicas ou binárias. Na prática: suponhamos que pretendemos averiguar se a estratégia de longo prazo contribui para o sucesso da empresa. Isso posto, como saber se uma variável interfere em outra? Para tanto, utilizaremos a Yule para identificar o grau de correlação.
Vale salientar que a utilidade dessa ferramenta é notada quando precisamos avaliar dois fatores que não possuem relação direta bem definida. O tempo é uma variável que influência quase tudo que conhecemos.
No entanto, quando precisamos abstrair mais, onde um gráfico cartesiano não é mais a solução, é nesse momento que precisamos ampliar nosso arsenal de ferramentas e retirar métodos mais específicos. Então, o Coeficiente de Yule é uma boa alternativa de análise.
No exemplo: Sucesso e Estratégia a variável X (Sucesso) e a Y (Estratégia) podem ser correlacionadas à medida que uma possui influência sobre a outra. Mas como saber se essa influência realmente ocorre? Nesse contexto, precisamos avaliar o comportamento de X em função de Y. Para essa análise existe uma fórmula pronta. Não é o objetivo deste E-book apresentá-la aqui. Não faria muito sentido, mas você precisa conhecer o processo que permite que essa avaliação ocorra.
Primeiro é necessário verificar com base em um histórico, isto é, em uma base de dados os registros que confirmam que em determinado momento este conjunto amostral referente a variável “X” (Sucesso) recebe influência de “Y” (Estratégia). Isso é feito analisando, por exemplo, uma certa quantidade de empresas que, ao aplicar determinada estratégia, obtiveram sucesso.
Parece ser complicado não é mesmo? Por isso é importante visualizar a ferramenta. Então, para facilitar esse entendimento construí uma matriz capaz de cruzar as informações (Sucesso/Estratégia) conforme a imagem abaixo:
Agora vamos observar a correlação entre Sucesso-SIM, Estratégia-SIM, Sucesso-NÃO e Estratégia-NÃO. Isso implica dizer que é possível que determinada quantidade de empresa tenha obtido sucesso através da estratégia utilizada e outra quantidade não tenha obtido nenhum resultado.
A matriz permite, ainda, inferir que muitas empresas que obtiveram sucesso não utilizaram as mesmas estratégias. O cruzamento desses dados faz sentido quando utilizamos a constante de Yule, ou Q de Yule. Essa constante é um número entre 1 positivo e 1 negativo.
Conforme a tabela:
Valor de Q | Resultado |
---|---|
+0,70 ou mais | Associação Positiva muito Forte |
+0,50 a +0,69 | Associação Positiva substancial |
+ 0,30 a +0,49 | Associação Positiva moderada |
+0,10 a +0,29 | Associação Positiva baixa |
+0,01 a +0,09 | Associação Positiva desprezível |
0,00 | Nenhuma associação |
-0,01 a -0,09 | Associação Negativa desprezível |
-0,10 a -0,29 | Associação Negativa baixa |
-0,30 a -0,49 | Associação Negativa moderada |
-0,50 a -0,69 | Associação Negativa substancial |
-0,70 ou menos | Associação Negativa muito Forte |
Logo, se a correlação for maior que 0, existe uma associação positiva, isso significa dizer, com base no exemplo anterior, que a estratégia influencia positivamente no sucesso organizacional.
Com base nos valores apresentados: Estratégia-Sim/Sucesso-Sim (18); Estratégia-Não/Sucesso-Não (12); Sucesso-Sim/Estratégia-Não (2) e Estratégia-Sim/Sucesso-Não (4) a resultante da correlação calculada foi de 0,93 determinando, assim, a existência de uma associação positiva muito forte.
Diante disso, podemos dizer que a estratégia é, sim, fator fundamental para o sucesso empresarial com base nas informações analisadas.